O meteorito de Cheliabinsk é da família de um conjunto de asteróides denominados Apollo, cuja órbita cruza a da Terra apesar de a maior parte do tempo estarem fora desta. Há pelo menos outros 5200 do género, dizem os astrónomos.

A órbita do asteróide, cuja onda de impacto ao cair perto da cidade russa de Cheliabinsk a 15 de fevereiro causou mais de mil feridos, foi calculada por dois cientistas colombianos, com base nos inúmeros vídeos amadores que captaram a sua entrada na atmosfera.
Recorrendo a simples trigonometria, Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin, da Universidade de Medellin, calcularam a altura, velocidade e posição do meteorito quando caiu na Terra. Colocando os dados num software de astronomia desenvolvido pelo Observatório Naval dos EUA, conseguiram reconstruir a órbita do asteróide.
Este pertence a uma família conhecida como Apollo, que cruzam a órbita da Terra. Os asteróides Apollo são um dos tipos dos NEA (Near Earth Asteroid - Asteróides Próximos da Terra), que inclui ainda os Amor e os Atenas.
Os asteróides Amor têm uma órbita entre Terra e Marte, podendo cruzar ocasionalmente a do Planeta Vermelho, mas nunca a do nosso planeta. Os asteróides Atenas têm órbitas cujo afélio (ponto em que estão mais afastados do Sol) é superior ao periélio da Terra (ponto em que a Terra está mais próxima do Sol).
No caso dos asteróides Apollo, como o que caiu em Cheliabinsk, o seu periélio é inferior ao afélio da Terra. Dos cerca de 9700 NEA descobertos até agora, cerca de 5200 são Apollos.
Em relação à origem do asteróide, os astrónomos suspeitam que tenha vindo da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter.


Comparação entre diodos

Postado por David Martins às 13:32 2 Comments

Esta manhã a procura foi pelo diodo "ideal" para mais um projecto, na loja Ledistrónica.
Vou escrever, assim que possa, um artigo acerca de um pedido muito interessante, vindo de um membro do fórum METEOPT.
Acerca do problema vou falar noutro artigo, mas a solução que eu encontrei necessita de um diodo que corte a uma tensão mais baixa (como é o caso dos de germânio) e que consiga ser percorrido por no minimo 500mA.
Afastei de lado os diodos de germânio, devido ao preço e há pouca disponibilidade e comecei a procurar melhor nos de silício.
Após consultar datasheets do 1N4003, 1N4448, 1N4936, etc..., e quando percorridos por 500mA têm praticamente todos quedas de 1V ou mais.
Não dá muito jeito, quando se está a trabalhar de pequenos painéis solares com 2.2V.
Moral da história: há limitações que não podem ser ultrapassadas, mas podem ser contornadas. Se não se pode trocar o diodo, então talvez se possa alterar ligeiramente o circuito.

Não percam os próximos desenvolvimentos.

Para este projecto, escolhi usar uma NTC de 1,5Kohm.
Sendo uma NTC, uma resistência que varia de acordo com a temperatura a que se encontra, é necessário recorrer a algumas tabelas para relacionar a resistência com a temperatura.
A vishay tem umas muito boas e que podem ser vistas neste link;
Os valores apresentados advêm da relação entre a resistência do termistor e a sua resistência aos 25ºC.
Obviamente que essa relação quando o termistor está a 25ºC, terá de ser 1.
No entanto são mostradas várias tabelas para os diferentes rácios, e eu não sei a qual devo associar a minha NTC. Vendo alguns valores exemplo, chego à conclusão de que no intervalo de temperaturas em que vou trabalhar, os valores não são tão diferentes... por isso vou assumir 3R/T e depois compenso um pouco com o potenciômetro.
No artigo anterior, tinha mostrado o controlador por histerese, cujos limites eram impostos por 2V e 3V.
Por outras palavras, o meu divisor de tensão terá uma saída de 3V, quando T=35ºC (para que chegue ao valor máximos do intervalo de histerese e a lampada seja desligada). Consultando a tabela, o rácio para 35ºC é de 0.711.
A resistência a procurar é de 1.6Kohm.
Mas não alterando esta resistência, em que temperatura é que a lampada voltará a ligar?
Rácio de 1.6, consultando as tabelas, resulta numa temperatura de 12ºC.
Demasiado baixo!
Solução?
Calcular qual o valor minimo do divisor de tensão e calcular novamente o controlador de histerese.
Para a temperatura minima de 30ºC:

Ou seja, o limite minimo para o intervalo de histerese é 2.8V. Apenas 200mV de diferença até ao limite máximo do intervalo.
Comentário: hum.... não gosto!

Solução: a procurar....

O grupo japonês Mitsubishi Heavy Industries (MHI) apresentou um robô, a que deram o nome de "Super-girafa", que irá ser utilizado na central nuclear de Fukushima e é capaz de transportar e mover objetos de grande peso.

Este robô foi criado para conseguir lidar com a grande radioatividade existente nos edifícios, que torna impossível a presença de seres humanos no local. A máquina é capaz de desempenhar tarefas pesadas num ambiente prejudicial para o Homem, como é o caso da central de Fukushima.
O robô é telecomandado e oficialmente conhecido por "ICM Super-girafa (MARS-C)", tem 2,25 metros de comprimento e 80 centímetros de largura, tal como noticia a AFP.
O aparelho tem capacidade para levantar um objeto até 150 quilos a 8 metros de altura. A máquina, que tem um braço com sete articulações, é capaz de abrir e fechar válvulas mecanicamente. Utiliza uma bateria de iões de lítio recarregável, permitindo à máquina funcionar durante 5 horas seguidas.
O robô faz parte de um programa de investigação do Ministério da Indústria do Japão, criado para responder às necessidades da central nuclear de Fukushima, vítima do terramoto e do tsunami de 11 de Março de 2011 no Japão.


Aqui está a antena bicónica de que falei nos artigos anteriores.
Todas as informações e cálculos experimentais podem ser encontrados no documento escrito pelo W4RNL.
No meu caso usei tubo de PVC para o mastro, varões roscados para fazer os radiais e fio de cobre de 1,5mm para fazer os "cones". Cada metade de varão tem 25cm e estão separados por 1m.
Esta é uma óptima antena com uma ampla gama de recepção.
Ainda não pude testar muito esta antena, mas já tive algumas surpresas em relação há ground plane de 1/4 de onda.

Não é a melhor das imagens, nem está com a melhor das qualidades, mas queria partilhar com todos por ser a primeira que recebo com a minha antena bicónica (vou escrever um artigo na próxima semana).
Esta é uma imagem enviada pelo satélite NOAA 15 (17h 42min), que só tem metade pois finalmente encontrei o problema que me impossibilitava de receber telemetria. Quando fiz a mudança (a meio da imagem), lá tive sucesso. Melhores imagens serão conseguidas de futuro e por cá as colocarei.

Hoje tenho andado meio ocupado com algumas engenhocas para a radiofrequência, pelo que ainda não tive oportunidade de vir à net.
Liguei, mesmo à pouco e ao ler a minha lista de e-mail's, vejo um comentário do Fábio Rodrigues alertando-me de que deveria mudar o titulo de "quase famoso para famoso!!".
Não podia acreditar! O Dave Jones visitou o blogue... e isto não explodiu xD.
Se este blogue tem alguma história de vida, este momento é sem dúvida um dos mais importantes!

Um circuito semelhante ao que vou construir, já tinha sido usado nos primeiros artigos escritos, ainda no wordpress.
Se repararem, o circuito funcionava por histerese.
De qualquer forma, como o objectivo do circuito era diferente, vou passar a explicar agora em mais detalhe.
A imagem em cima representa um controlador por histerese, usando um ampop.
A ideia é que quando a temperatura é inferior que -T, o controlador passa de OFF a ON, e aguarda que a temperatura chegue a T. Neste ponto, o controlador passa de ON a OFF e aguarda que a temperatura desça até -T novamente. O ciclo repete-se vezes sem conta. 
Olhando novamente para o circuito, teremos de definir um intervalo de histerese, que para este caso será de 1V, começando por exemplo em 2V (tensão mais baixa do intervalo de histerese) e terminando em 3V (tensão mais alta do intervalo de histerese).
Então o que eu pretendo, esquecendo por agora temperaturas, sensores e afins, é que quando Vin ultrapassar 3V, a saída do comparador passa de ON (5V) a OFF (0V). Se Vin passar abaixo de 2V, a saída passa de OFF a ON. No intervalo entre 2V e 3V, a saída umas vezes estará a alto (ON), outras vezes estará a baixo (OFF).

* Saída a Alto
Quando a saída está a nível alto, é como se R1 e Rf estivessem em paralelo. A resistência resultante desse paralelo fará um divisor de tensão com Ra.
* Saída a Baixo
Quando a saída está em nível baixo, Ra e Rf ficam em paralelo e a resultante fará um divisor de tensão com R1.

Os cálculos agora não são difíceis de fazer e eis que se chega ao resultado em baixo:
* Vlow  = tensão mais baixa do intervalo de histerese, no caso 2V;
* Vhigh = tensão mais alta do intervalo de histerese, no caso 3V;
* Vdd   = tensão de alimentação;
Trocando as incógnitas por valores já conhecidos, sobra um sistema de 2 equações com 2 incógnitas  fácil de resolver, e por isso sai que:
Ra = R1
Rf = 2*R1 = 2*Ra
O resultado final deverá ser algo muito semelhante com a imagem. No entanto, devido à falta de valores comerciais, tive a ajustar as resistências, pelo que o "corte" situa-se ligeiramente ao lado e o intervalo de histerese é inferior a 1V.... mas nada com que não possa dormir!
A onda (sinusoidal) representa um Vin de teste e a forma rectangular representa a saída do controlador.
Com um único ampop, que custará uns meros 0.20/0.30€ na Ledistrónica, consegui implementar um controlador por histerese!
Na próxima parte vou determinar o divisor resistivo para a NTC e estudar a hipótese de colocar um potenciômetro para variar não o intervalo de histerese, mas sim o "local" onde ele se situa.

Enquanto o projecto do sinalizador está parado brevemente por razões burocráticas, vão-se avançando outros.
Pediram-me que projectasse um controlador de temperatura para uma criadeira de pequenas aves e que ajudasse também na construção da mesma.
Após ver alguns sitios na internet (listados em baixo), começaram a surgir as primeiras ideias e o projecto começa a ganhar forma.
Não queria fazer nenhum controlador demasiadamente complexo, pelo que surgiu a ideia de um controlador por histerese. A ideia será com 3/4 ampop's (LM339 chamado ao serviço!) fazer um controlador que mantenha a temperatura acima dos 28ºC e abaixo dos 34ºC. Claro que tem se ser baseado em potenciômetros e afins de forma a que em qualquer altura se possa ajustar novamente o valor máximo e o valor minimo de temperatura.
Para medir, não será necessário nada de muito rigoroso, por isso uma NTC servirá para o trabalho.
Para aquecer, uma lâmpada de filamento de 50/60W deverá dar conta do recado e uma ventoinha 10x10cm, para forçar a circulação de ar, será o suficiente também.
Uma vez que o objectivo é conter pássaros para criar à mão, esta criadeira ficará dentro de casa e convém ser o mais silenciosa. Na ventoinha nada se pode fazer, mas no accionamento da lâmpada, em vez de um relé, vou usar um TRIAC para que a meio da noite se ouça o "track" do relé.
Penso que por agora isto deve ser suficiente.
1 x NTC
1 x LM339
1 x Lâmpada 50/60W
2 x potenciômetros para ajustar limites de histerese
1 x MOC3021
1 x TRIAC
O resto será componentes que se arranjam por casa facilmente...

Primeiro esboço:

Este projecto não está de todo esquecido... apenas não tenho tudo muito tempo livre.
Este vídeo mostra o processo de funcionamento e a superação de falhas de energia.
Deixem o feedback ;).

As imagens que faltavam.
Terminado o alojamento, ficando totalmente estanque.

Embora cansado, não pude deixar de fazer uma gaiola de Faraday para o meu RTL2832.
Encontrei um cabo USB comprido cá por casa, dessoldei a porta USB da pen e soldei directamente o cabo. Uma vez com a pen aberta, soldei logo alguma malha e troquei o LED por dois fios, de modo a conseguir ligar o LED no exterior da caixa.
No fundo a caixa tem 2 camadas de folha de alumínio e no meio delas ficou a malha para garantir o contacto.
Por hoje fica assim, amanhã tenho de acabar o trabalho.

Agora com os filtros já ajustados e com os manuais lidos. O SDRsharp e o HDSDR têm de trabalhar em conjunto e à vez. O SDRsharp com bons plugins e o HDSDR com excelentes filtros.
Este é o aspecto e para bom entendedor...

Este artigo surge no seguimento de um tópico no fórum LusoRobótica e que aproveitei para colocar aqui em maior detalhe algo que já era para cá ter colocado.
O wikipédia tem tudo o que precisamos saber sobre diodos zener, por isso não vale apena explicar aqui. A imagem em baixo é retirada de lá e refere-se ao que realmente importa, o dimensionamento da resistência limitadora de corrente para o zener.
Mas se o valor do zener for fixo, a nossa fonte de tensão não poderá ser ajustada.
É aqui que entra o potenciometro e um ampop como seguidor de tensão.
O valor do zener deverá ser escolhido de acordo com o valor máximo de tensão pretendido, por exemplo, 10V.
O potenciometro irá funcionar como divisor de tensão e deverá ter um valor resistivo elevado, de forma a não sobrecarregar a resistência limitadora (R1) de corrente do zener e a conferir alguma estabilidade ao circuito.
Neste site podem encontrar uma ferramenta que permite um calculo mais rápido da resistência limitadora para o zener.
Então e o ampop?
O ampop é colocado em seguida numa configuração de seguidor de tensão (ou buffer de corrente). O ampop tem uma impedância de entrada muito alta e como tal é considerado (idealmente) como um circuito aberto. Além disso, nesta montagem, a saída do ampop tem a capacidade de fornecer mais corrente do que o potenciometro, sem que o valor de tensão altere.
Mas se a saída do ampop já fornece corrente, porque não usar apenas esta configuração para alimentar um circuito?
Em muitos casos isso é possível, pois o consumo do circuito é baixo e, por isso, suportável pela saída do ampop. Nos outros casos, em que é necessária uma alimentação regulada e com mais corrente disponível tem de se recorrer a algo que permita a passagem de mais corrente, mas que dê para controlar a tensão na saída.
Esse componente é o transistor. Uma vez mais não vale a pena explicar aqui o seu funcionamento, pois o wikipédia já lá tem tudo :D.
O que importa frisar é que o transistor tem um ganho beta de corrente e que a corrente no colector é igual à multiplicação da corrente na base pelo ganho beta.
Outra coisa a ter em conta é que a tensão no emissor será 0,7V menor que a tensão na base, devido ao Vbe do transistor.
A montagem em baixo dá um bom regulador de tensão, com poucos componentes.
O feedback do ampop é feito no emissor de Q1, para que seja possível baixar a tensão deste regulador a menos de 0,7V, ou seja, este regulador de tensão variável fica com uma gama de trabalho de 0V até 10V.
A resistência R2 serve apenas para garantir que o transistor é percorrido pela corrente minima ao seu correcto funcionamento.

Este circuito funciona bastante bem e como é pequeno, um circuito como este junto de uma breadboard dá sempre imenso jeito.

Já há alguma tempo que tenho andado a "namorar"uma PEN para fazer SDR.
A oportunidade chegou e em baixo deixo um print screen dos testes que tenho andado a fazer.
Uma RTL2832U.

Aqui ficam as fotos do brinquedo em que eu e o Weber Calixto temos andado a trabalhar.
Embora não haje tempo em demasia para a gente dedicar a este projecto, em 3 noites evoluiu bastante :D.
Fotos tiradas no Laboratório de Investigação e Apoio a Projectos do departamento de Fisica da UBI, possivelmente já perto das 3:30 da manhã.
PS: tenho por aqui alguns videos que vou tentar colocar ainda hoje.