Apesar da falta de tempo (que já começa a ser crónico) e de alguma ausência de artigos, não poderia deixar de vir aqui deixar os meus votos de um Feliz Natal a todos aqueles que seguem este blogue.
Esta é uma altura óptima para "colectar" novas engenhocas a fazer ao longo do ano, embora o frio não ajude muito :(.
Estão agora marcados já alguns projectos para terminar no inicio do próximo ano e que obviamente serão acompanhados aqui.
Por outro lado, como o meu trabalho é passar constantemente a inventar soluções para novos projectos, quando chega o final de semana a imaginação já está em baixo e daí a falta de novos artigos aqui.
Gostava também de poder divulgar as "engenhocas" dos leitores para que além de terem alguma visibilidade se possam criar criticas construtivas e acima de tudo, levar à partilha de ainda mais engenhocas.

Feliz Natal a todos!

Noticia retirada da secção Ciência do Jornal Público, online

Pela primeira vez, a China conseguiu fazer uma alunagem. A nave Chang'e-3 pousou na Lua às 21h12 (13h12 em Lisboa) neste sábado.
A alunagem foi transmitida em directo pela televisão chinesa, adianta a agência Lusa. O aparelho pousou no Hemisfério Norte, na região Sinus Iridium (Baía do Arco-Íris, em latim), uma planície com poucas irregularidades no Mare Imbrium.
A sonda foi lançada no 
foguetão Longa Marcha 3B, a 2 de Dezembro, e transporta um rover chamado Yutu, Coelho de Jade em chinês. Dentro de algumas horas, o Yutu vai sair da estrutura que pousou e começará a caminhar na Lua.

A última vez que um aparelho terrestre poisou na Lua foi em 1976; a China junta-se agora aos Estados Unidos e à União Soviética como os únicos países a conseguirem este feito.
O Coelho de Jade tem 
seis rodas, pesa 120 quilogramas, pode fazer subidas com uma inclinação de 30 graus e caminha 200 metros por hora alimentado a energia solar. O robô leva câmaras para fotografar a paisagem, um espectrómetro para analisar a composição química do solo e um radar para estudar o solo e as rochas até uma profundidade de 100 metros.
“Comparada com a corrida ao espaço do século passado entre a antiga União Soviética e os Estados Unidos, o retorno da humanidade à Lua é mais baseado na curiosidade de exploração do Universo desconhecido”, explica Sun Huixian, responsável pela segunda fase do programa lunar da China, citado pela agência noticiosa chinesa, Xinhua. Segundo Sun Huixian, a alunagem mostra que a China tem a capacidade de explorar um corpo extraterrestre no próprio local. “O programa lunar da China é uma componente importante das actividades da humanidade para explorar formas pacíficas de utilizar o espaço.” 

Desafio tecnológico
A descida da nave até pousar na Lua demorou 12 minutos. Oito horas depois da alunagem, o rover vai sair de cima do aparelho por uma espécie rampa. Esperam-se as primeiras imagens da Lua amanhã, quando o rover tirar uma fotografia à nave e a nave tirar uma fotografia do rover.
“Ainda é um desafio tecnológico significativo aterrar noutro mundo”, diz Peter Bond, editor do think tank Jane's Space Systems & Industry, citado pela Associated Press. “Especialmente num local como a Lua, que não tem uma atmosfera e por isso não é possível utilizar um pára-quedas ou algo parecido.
 Tem de se utilizar um foguete para a descida e tem de se ter certeza que se desce no ângulo correcto, na rapidez certa e não se acaba dentro de uma cratera em cima de uma grande rocha.
O Homem não caminha na Lua desde Dezembro de 1972, a última missão Apolo levada a cabo pela NASA. O último objecto a pousar na Lua foi o Luna 24, aparelho soviético que pousou no satélite a 18 de Agosto de 1976. Desde aí só se lançaram sondas que orbitaram a Lua.

A Chang'e-3 é a terceira missão chinesa à Lua. As duas missões anteriores completaram a primeira fase do programa lunar chinês. Lançadas em 2007 e 2010, os aparelhos orbitaram a Lua, e serviram para fotografar a superfície lunar e estudar a melhor a região para a alunagem da Chang’e-3. As missões terminaram com uma colisão programada na superfície do astro.
Nenhum aparelho tinha pousado e estudado na Sinus Iridium. Esta missão leva consigo o primeiro telescópio lunar, que detecta raios ultravioleta, para observar a Terra, a Via Láctea e o nascimento e morte das estrelas. ÀChang'e-3, irá seguir-se a Chang’e-4, que levará outro rover para uma missão semelhante. Em 2017-2018, o Chang’e-5 fará uma missão de ida e volta à Lua, trazendo amostras geológicas. Estas missões abrirão caminho a uma viagem tripulada à Lua depois de 2020. Em 2005, a China já enviou taiconautas para o espaço.

Os chineses “estão a tomar o tempo que precisam para aprenderem como se põe humanos no espaço, como se mantém uma estação espacial e como se explora o sistema solar, especialmente a Lua e Marte”, refere Peter Bond. “
Estão a fazer boas incursões nestas missões, e acho que nos próximos dez, 20 anos, vão rivalizar a Rússia e os Estados Unidos nesta área e se calhar vão ultrapassá-los em alguns aspectos.


Este foi a engenhoca da semana, embora pouco mais de meio dia tenha demorado a montar.
Tudo, à excepção do balde do lixo, foi feito com material de que dispunha à mão de antigos projectos.
No segundo video é possível ver em pormenor e mais detalhe como tudo funciona.
Basicamente pode ser dividido em 3 partes: o sensor ultrasónico de distância, o servo (15kg.cm) e por fim um pequeno MCU (PIC12F510).
Quanto ao processo de funcionamento é super básico. A cada 50mS é feita uma leitura do sensor e se houver algo a menos de 20cm de distância, é iniciado o processo de levantar a tampa. Passados 10 segundos a tampa fecha e tudo volta ao inicio.
Obviamente a explicação para os 50mS é para que possa ter a leitura máxima (maior frequência de chamada) desse sensor... quem quiser mais informações, pode visitar AQUI.