O sensor de temperatura LM35 é um sensor de temperatura por um preço óptimo.
Na saída temos um incremento de 10mV por cada grau Celsius, ou seja, 20ºC corresponde a um acréscimo de 200mV em relação ao pino de referência (nos datasheets, GND).
Num circuito em que o pino de referência está ligado a GND, Vo com os mesmos 20ºC é de 200mV.

Mas e se a temperatura for de -10ºC (por exemplo)?
Com o mesmo circuito descrito, é possível apenas medir até 0ºC.
Uma maneira bem fácil, que costumo utilizar é a de alterar o valor de referência usando por exemplo um diodo Zener e um seguidor de tensão. Desta forma, se a referência for de 2.3V,  o -10ºC fazem com que Vo seja 2.2V (-100mV).
Há outras forma de colocar o LM35 a medir temperatura negativas, mas o que tem esta de especial?
Bem, com esta forma pode-se ligar directamente a uma ADC de um micro e efectuar a medição sem complicação. Claro que antes de ligar à ADC devem ser aplicados uns ampops para ampliar o valor de saída e ter mais rigor na medição.


Os problemas começam quando se tenta aplicar isto num circuito a funcionar a baterias. O gasto do diodo Zener é bastante elevado (precisa de cerca de 5mA). Se a bateria tiver para gastar 1.5A (antes de cair a tensão, bla bla bla) o Zener gasta-me tudo em cerca de 12dias!!!

Solução?

Esquecer tudo e pegar no DS18S20 da Maxim... mas é mais caro.
Outra solução será encontrar um LDO para servir de referência. A Microchip tem uns que consumem 2uA, o que é óptimo! É caso disso o MCP1702, que pode ser comprado na versão 1.2V, perfeito para a aplicação!

A decisão não fica tomada. Ainda tenho de procurar bem, onde posso encontrar o melhor material (pelo menos que melhor me serve neste projecto) ao melhor preço também.


EDIT: consegui um sample DS18S20 da MAXIM e assim sendo, será esse mesmo que vou utilizar!

Já andava a ficar preocupado!
Passei praticamente todas as férias sem iniciar um projecto que tenha mesmo intenções de o levar até ao final.
Finalmente a ideia apareceu hoje!
Para quem não sabe, dediquei-me muito tempo à meteorologia (desde já recomento a visita pela comunidade meteopt) e embora tenha ficado com menos tempo para lhe dedicar, continuei sempre com um gosto especial pelos fenómenos atmosféricos.

Assim, o meu próximo projecto será um datalogger de temperatura, que automaticamente grave um número ainda elevado de temperaturas.
Esta ideia já "não é de agora" e já tentei fazer com um cartão MMC/SD. Não tive resultados práticos (problemas com bibliotecas, etc...).
Desta vez vou levar avante a mesma ideia, mas simplificando um pouco mais (ou não... o circuito será mais complexo que antes).

Vou utilizar um MCU menos complexo (a principio um PIC16F88) e usar uma 24AA128, para armazenar todos os dados.
Trata-se de um EEPROM de 128K, dividida em 16 mil endereços de 8bits cada, com comunicação I2C.

Estou à espera das amostras para os testes reais, mas já consegui trabalhar com uma pelo simulador.


O código de teste é super simples.
Apenas enviei um número para um endereço e logo em seguida fui ler o mesmo endereço para ver se o valor era o mesmo.
Simples mas suficiente para o teste. Quanto ao código, não é muito aconselhável que coloque aqui tudo, mas o essencial é este:


void main()
{ long int d;
pic_init();
init_ext_eeprom();
delay_ms(500);
write_ext_eeprom(1, 100);
delay_ms(500);
d = read_ext_eeprom(1);


Então mas depois quando quiser ter acesso aos valores?
Para isso, vou deixar a porta serial livre, e fazer a programação de forma a que ao enviar um comando qualquer, o ciclo pára e é iniciada a leitura da EEPROM e o consequente envio para o computador de todos os dados.


Por ultimo uma análise à quantidade de dados que vou poder armazenar. Ora como quero algum rigor e quero a primeira casa decimal da temperatura, vou guardar 25,6ºC (por exemplo) na forma de 256.
Assim vou necessitar de pelo menos 256+256, ou seja 10bits.
16 000 / 2 = 8 000
Poderei guardar então 8 mil temperaturas, o que é muito mais do que preciso.



Até próximos desenvolvimentos, ou engenhocas ;)

O que é?

Trata-se de um aparelho que permite ligar vários sistemas produtores de energia eléctrica, como o caso de aerogeradores, painéis solares, moinhos, etc... descarregando o excedente na rede de distribuição eléctrica "comum".

Assim nas alturas de menor consumo, por exemplo numa casa, o excedente entra na rede eléctrica e em alturas de consumo maior em que os sistemas não produzem suficiente, o que faltar vai-se "buscar" à rede.

A rede eléctrica funciona como uma "bateria". Quando produzimos a mais o resto é guardado numa bateria, quando produzimos a menos a bateria fornece o que falta.

Basicamente é isto.



Como funciona?

Como é fácil de entender, os sistemas acima referidos produzem energia em corrente continua, DC, e tal como um inversor dos que se utilizam nos carros (para ligar por exemplo computadores portáteis) o dispositivo "Grid-tie Inverter" converte a corrente continua em corrente alternada, AC (com valores de tensão superiores aos de entrada).

O que torna o "Grid-tie Inverter" especial é a sua capacidade em sincronizar a sua frequência de saída com a frequência da rede distribuidora. No caso de Portugal a frequência é 50Hz, período de 20mS.

Esse sincronismo é feito com recurso a um MCU (ou possivelmente um CI com electrónica dedicada) para fazer o sincronismo perfeito entre os dois sistemas.






Links: http://en.wikipedia.org/wiki/Grid-tie_inverter


Um bom sistema, tendo em conta o que se poupa em manutenção de baterias, como nos sistemas tradicionais, que durante a noite vão "buscar" a energia armazenada.

Há ainda mais que se pode dizer, mas isto é o que resultou agora de uma breve leitura sobre o assunto.

Um obrigado ao Luis Garcia, pois com as suas dúvidas acabou de arranjar mais um artigo para o meu blog :D.

Caixa para alojar circuito

Postado por David Martins às 02:25 2 Comments

Hoje ao fazer umas arrumações encontrei este pequeno aparelho.
Era uma luz de presença, com interruptor magnético. Por exemplo, ao abrir uma porta, a luz acendia.
Como não tinha utilidade, decidi aproveitar as peças.

Desde brinquedo saiu a principio 2 LED's de alto brilho e 3 pilhas LR44.

Mas momentos antes de deitar fora, apercebi-me de que a caixa era perfeita para alojar um possível circuito no futuro. Tinha já o suporte para pilhas, bastante pequena e "bonita".





A engenhoca do dia foi tentar recuperar o meu 'computador de bicicleta'.
Ultimamente tenho ido treinar todos os dias, mas sempre sem o levar, pois a pilha tinha ido à vida. Ainda assim, esta pilha de tamanho tão reduzido conseguiu manter este sistema a funciona perfeitamente durante cerca de 2 anos. Nada mal...

Visto que a pilha estava gasta, peguei nela e fui dar uma volta por chineses e ourivesarias para comprar uma igual. Problema? Das 2 ourivesarias e da loja dos chineses, nenhuma tinha uma pilha de igual referência.
Estava aqui um caso...

Teimei que hoje haveria de ir treinar e levar o 'computador', era altura de resolver esse problema.
No último local onde estive, numa das ourivesarias, quando a senhora recolhia as pilhas todas reparei numa de 3V, tal como a original e fez-se luz! Pedi para que me deixasse ver todas as pilhas.
O que procurava? Uma pilha com a mesma espessura (altura), com o mesmo valor de tensão e ligeiramente mais pequena (diâmetro).
Quando encontrei a pilha que satisfazia tudo isso, paguei e fui para casa.

Hora de "engenhocar". A ideia era aproveitar o contacto do fundo do computador e puxar o outro contacto com um fio muito fino (um fio de um cabo multifilar) para ligar à pilha.

Tudo correu como planeado e o resultado está à vista ;).




                       
 


Depois de ter tido alguns problemas com o wordpress, decidi exportar o blog para o blogspot.
Além de ser muito mais flexível no que toca a configurações etc... dá ao blog uma dimensão totalmente diferente, o que se reflecte no número de visitas.

É possível que ainda nos próximos dias possa haver algumas mudanças, mas nada de tão significativo.



O temporizador 555 é um dos mais populares e versáteis circuitos integrados já produzidos - ver WIKI.

Eu tinha aqui alguns e decidi ir buscar um para fazer um simples pisca-pisca de 1 LED. Para o efeito que pretendo, os tempos não têm de ser algo rigoroso, desde que o LED dê apenas um flash curto e fique 1,5s ou mais apagado.

Começando, como sempre, pelo principio, com uma breve pesquisa no google encontramos o datasheet do NE555.

O datasheet é super completo e em menos de 1minuto encontra-se as formulas necessárias, assim como o esquema de ligações para fazer um oscilador.






Há um pequeno problema. Não se consegue obter um tempo em alto de por exemplo 50mS e um tempo em baixo (low) de 1,5s... mas o contrário é possível, ou seja, 50mS em baixo e 1,5S em alto.


Assim o problema resolve-se facilmente,  ligando o cátodo do LED ao 555 e o anodo, tal como mostra o esquema em baixo.




Vamos a cálculos. Substituindo os valores nas formulas em cima, obtemos:

Thigh= ~1,6s
Tlow= ~71,6mS
Ttotal= ~1,67s

Está certo? A simulação diz que sim!


Período escrito a amarelo no fundo da imagem





Mas como bonito é ver isto a funcionar na realidade, cá fica a foto da breadboard montada um bocado à pressa e sem muita "organização"... mas era só mesmo para teste ;).







Notas importantes:


Como pretendo usar este pequenino circuito como sinalizador, é importante ter em conta a duração estimada da  "vida da bateria".


Com o LED desligado entra no circuito cerca de 1,5mA e com o LED ligado (usei apenas 1 para teste), o valor salta para cerca de 20mA. Este último valor varia doa quantidade de LED's e do tip de LED's.

O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.

"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."

Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias,  e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.

No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."


Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”



Retirado de G1 Globo (clicar para ver noticia completa).




R.I.P.





Esta engenhoca aprendi no outro dia. No interior das resistências de potência (ver em baixo) encontra-se uma espécie de bobina com um núcleo em carbono (parece-me). O fio que faz o enrolamento é muito fino e parte-se com alguma facilidade quando se tenta desenrolar se se criarem vincos com as unhas. Usar uma pinça é o ideal.




A imagem em cima dá para ver perfeitamente a constituição destas resistências bobinadas...



Depois de se desenrolar um pouco, basta ligar a uma fonte de alimentação e ir controlando a corrente que passa por esse fio. Corrente a mais faz com que aqueça muito e depressa e o fio parte,  corrente a menos faz com que o fio nem chegue a aquecer.

No entanto não é difícil encontrar um meio termo, pois nota-se quando o fio começa a mudar de tom e a ficar mais avermelhado.


O fio depois de quente dilata um pouco, por isso torna-se complicado manobrar. Depois de quente pode-se esticar um bocadinho até ficar "firme", mas antes de desligar a fonte deve-se voltar a encolher para que ao arrefecer (vai contrair) ele não quebre.

A imagem em baixo mostra o quão simples e fácil é cortar um pedaço de papel com este fio!


Agradecimentos a:

Paulo Marmota: o meu primo "engenhoqueiro";

A. Sergio Sena: ao comentar o artigo dos balões de altitude, lembrou-me de vir buscar estas fotos e colocar por cá;

LCD 16x2 - compra ebay

Postado por David Martins às 04:19 5 Comments


Ainda me dizem que quem compra pelo ebay recebe tudo estragado, bla bla bla. Este exemplo é de uma compra de um LCD alfanumérico de 16 caracteres por 2 linhas, pelo qual dei cerca de 2,5USD (cerca de 2€). Em Portugal comprar este tipo de material é irrisoriamente caro. Não é difícil encontrar uma loja na web que peça mais de 10€ por LCD's 
semelhantes e ainda temos de pagar os portes de envio. Este LCD por 2€ estava à porta de minha casa!

Qual é o inconveniente? Estar cerca de 2 a 3 semanas à espera de o receber. Mas eu não tenho pressa para ir a lado algum...

Este LCD (data) foi ligado a um PIC16F88, que programei usando a biblioteca "flex_lcd.c" (como poderia ser um Arduíno com uma biblioteca qualquer). Basta ler o tópico para se ficar a entender o funcionamento da biblioteca, por isso não vou estar aqui a explicar novamente.

Pelo preço o LCD parece-me muito bom, excepto o facto de ser um pouco "escuro", mas talvez seja devido à cor azul (estão disponíveis para venda noutras cores). Já me apercebi tarde e como podem ver nas ultimas fotos, estão 2 fios não soldados a alimentar o LED incorporado no próprio LCD, para contrariar essa "escuridão" toda.

Comecei por soldar os pinos que iam ser usados numa régua de terminais e passei para a fase de simulação, não para testar, pois testar é na realidade, mas sim para fazer o esquema de ligações.

Após isto, foi só montar tudo numa breadboard e testar.

Os resultados aparecem nas fotos em baixo... mas só depois de resolvidos pequenos problemas.

Engenhoca de teste iniciada ás 23h50 e terminada ás 01h45.

Se gostaram e querem ver mais artigos aqui, por favor partilhem esta página!

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Assim começou uma tentativa de ligação deste telm que tinha ali encostado por 232 TTL.

Embora sem sucesso, esta experiência fez com que eu fosse dedicar mais umas horas de auto-didatismo sobre o assunto. Ao que parece isto com os NOKIA é totalmente diferente, muito mais facil comunicar com eles através de comandos AT.

Acho que vai haver novas edições, mas com telemóveis NOKIA :D.

Alterações ao cabo CAT Yaesu

Postado por David Martins às 13:06 4 Comments


Para ligar o meu rádio ao computador comprei um cabo CAT pelo ebay. É um simples cabo de conversão USB para Serial.

O problema é que a porta onde eu deveria ligar o cabo, já estava ocupada por uma outra ficha que ligava ao amplificador.

Basicamente o amplificador tem no seu interior um CI com comparadores (tipo LM3915) e o rádio vai aumentando a tensão num pino à medida que se vai passando pelas várias bandas. Desta forma o amplificador selecciona os "sub-circuitos" indicados para cada banda.

Não há muito mais a dizer, ficam as fotos, pois este é um hack muito simples.




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