Carros de Fórmula 1 dependem de sistemas eletrônicos avançados para funcionar e atingirem o máximo de seu potencial. O equipamento que comanda tudo isso é chamado de ECU (sigla em inglês para Unidade Eletrônica de Controle), ele funciona como um computador, monitorando diversos indicadores dos carros.
A ideia nasceu de uma conversa entre um engenheiro da McLaren e um médico de um hospital de Birmingham. Juntos eles decidiram aproveitar as capacidades multitarefa da unidade eletrônica para monitorar dados sensíveis que podem significar a vida ou a morte de crianças em tratamento.
A ECU é um equipamento padronizado na F1. Todos os carros têm uma, e todas são iguais, construídas pela McLaren. No carro de corrida, o computador mede em tempo real dados relacionados à pressão do óleo, rotações do motor, velocidade, autonomia e etc. No hospital, mede batimentos cardíacos, níveis de oxigenação do sangue, pressão sanguínea e etc.
Como tudo na F1 é muito rápido, a ECU precisa ser capaz de lidar com um grande volume de dados por volta de maneira ágil o suficiente para municiar os engenheiros e pilotos com informações que possam melhorar seu desempenho. Levemente adaptada ao cotidiano do hospital, a ECU traz consigo essa grande capacidade: ela pode, por exemplo, traçar 125 cardiogramas por minuto, em lugar de um por hora, como os computadores convencionais dos hospitais.
De acordo com a doutora Heather Duncan, a inovação quebra paradigmas. “Engenheiros da F1 fazem muita monitoração em tempo real e procuram predizer o que vai acontecer, coisa que nós no hospital não temos tendência de fazer”, disse. Em quatro anos de uso na Fórmula 1, o computador da McLaren jamais causou o abandono de um carro numa corrida, o que dá uma ideia do nível de confiabilidade do equipamento.
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