Mais um artigo de opinião.

Não posso negar que fico incomodado quando vejo que se estão a desligar postes de iluminação pública, quando se continua com problemas por resolver.

Vou pegar aqui num pequeno ponto que acho muito importante e que se vê em quase todo o lado.

Muitas terras, o sistemas que faz accionar a iluminação é baseado num relógio. Ou seja ás X horas as luzes ligam, ás Y horas as luzes apagam, independentemente de se estiver disponível ainda muita ou pouca luz natural... que por enquanto é de graça.

Porque não usar um sensor de luz? Tipo um LDR, um phototransistor, etc...

Vamos fazer uma análise simples. Uma secção pequenina com apenas 300 postes de iluminação (corresponde a uma pequenina aldeia).

As lâmpadas de iluminação devem ter mais potência, mas eu vou considerar que são de apenas 150W.

150*300=45 000W

Se estiverem todas a funcionar 1h por dia, com iluminação natural ainda, eis quanto se gasta:

45 000*1=45 000W

Ao longo de 1 mês (30 dias por ex.),  há o gasto de:

45 000*30=1 350KW

Pagando 0.13€ por KW sem contar com IVA, temos uma gasto de:

1 350*0.13=175.5€ (mês)

Não valeria apenas aplicar um sensor de iluminação ao invés dos tradicionais relógios?
Um ampop, um LDR, um transístor e mais meia dúzia de componentes resolvia-se.

Orçamento? Bem por mim... 25€ projecto + circuito 25€ de montagem. 50€ no total, ou seja paga-se no próprio mês em que se aplica e ainda se tem lucro!

Todo o circuito de relés etc que existe actualmente ligado ao sistema de relógio era mantido, só que o comando em vez de ser dado por este, seria dado pelo circuito com sensor!

Este é o exemplo de uma pequena aldeia com apenas 300 postes, mas apliquem isto a uma cidade com mais de mil postes por exemplo...

Eu ainda não entendi porque tal sistema nunca foi aplicado....

Já sabem, qualquer contributo, não se esqueçam de comentar!

6 Responses so far.

  1. talvez nunca ninguem se tenha lembrado de tal ideia ... Tenta fazer um protótipo e enviar ao representante da tua aldeia :D

  2. Algumas autarquias não estão tão despertas e tão sensiveis para as poupanças energéticas, como alguns de nós.

    Deve-se principalmente a estarem a olhar para outros problemas mais prementes e em que afligem directamente as populações. Mas claro... falta alguém lá na Câmara/Freguesia com alguma visão, e uns "arquitectos" electrónicos como nós, para lhes resolver estas situações.

    O advento das Smart-Grids vem colmatar estas situações. Primeiro nas cidades, depois pelo país profundo.

  3. Ahaahahh, se recebessem uma caixa com um circuito lá dentro eu ia ser acusado de terrorismo!
    Acredito que muitas acções não são tomadas por ignorância e também por "medo de coisas novas". Aqui acho que funcionaria assim.

  4. Olá A. Sena!

    Cada vez entendo menos... já estou como o outro "só sei que nada sei". Não há dinheiro para reparar um bocado de estrada (quando digo reparar é pôr um tapete bom e não deixar ainda um bocado de alcatrão em cima do buraco), não há dinheiro para reparar bancos de jardim, não há dinheiro para...
    Eu concordo contigo. Os autarcas não estão preparados para fazer umas poupanças. Mas fico também na dúvida se a minha televisão apanha os mesmos canais que a deles ou não. De há uns anos para cá tem-se visto cada vez mais programas com dicas para sermos mais "amigos do ambiente" e isso é dizer também "ser amigo da carteira", pois poupa-se sempre qualquer coisa.

    No fundo deve ser mesmo desleixo... há problemas, há soluções, o que falta? Certamente vontade em aplicar as Soluções nos Problemas e Resolve-los.

  5. Cabe-nos, então, a nós, fazer a nossa parte ao desenhar sistemas electrónicos mais inteligentes e amigos do ambiente! da minha parte já faço uma modesta contribuição, ao procurar contrui-los sempre que possivel em formato "green" :)

  6. Atitude a louvar!

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